''In the deepest hour of the night, confess to yourself that you would die if you were forbidden to write. And look deep into your heart where it spreads its roots, the answer, and ask yourself, must I write?''
(Rainer Maria Rilke)








segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

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Interessante como as coisas mudam, minha vida tomou um rumo inexplicável nessa ultima semana. Antes uma menina que achava que sabia o que era viver com outra pessoa, hoje alguém que não sabe nem o significado da própria alma. Tenho feito de tudo pra me distrair, pra não me sentir só, mas a verdade é que o tempo não cura nada... só tira o incurável do centro das atenções. Engraçado hoje pensar isso, logo eu que sempre achei que o tempo era rei. Achei que tinha desvendado o segredo do que é amar, do que é saber viver junto e simplesmente se completar. O amor maior do agora que nos faz ver que os denominados 'amores' anteriores, na verdade nunca foram amores. Quando achamos que o foco do problema está no que o gerou, vemos que temos outras coisas que podem ainda mais nos magoar. A convivência nos faz com que as pequenas coisas façam com que nos lembremos sempre do que ficou pra trás. O passado que parece que nunca vai morrer, a estrela mais bonita do céu que parecia nunca poder um dia parar de brilhar. Como é difícil ver e não abraçar, ver a pessoa tão amada intensamente e não trocar uma mínima palavra, não demonstrar nada, nem um gesto, se deixar passar por despercebida. Sinto-me hoje a pessoa mais impotente do mundo, capas de fazer do meu quarto um único lugar no mundo. Minha inocência brilhante incapaz de acreditar em verdades escritas nos meus próprios olhos, me impedindo de continuar assim...


Difícil de falar, muito fácil de sentir!